Fundada pelos fenícios no século XII a.C., passou pelas mãos dos Romanos, Mouros, Árabes, bárbaros, até ser incorporada à Coroa de Castela, em 1487, ou seja, o Brasil nem havia sido descoberto e aquela terra já foi palco de muita história. Málaga tem tapas, sangria, movida, calor, é litorânea, ou melhor, mediterrânea, não poderia deixar de me encantar, afinal Malága é Espanha.
Berlim apareceu para aliviar um pouco minha fixação Ibérica, e cumpriu esse papel de forma supreendente. Linda, vibrante, ciclística, e emocionante. Secular, e bota secular em suas referências, viveu mudanças de regimes políticos, foi destruída em vários momentos de sua história, e se não bastasse, cortada quase 3 décadas por um muro. No entanto está inteira, e admirável como alguém que não tem vergonha de mostrar suas cicatrizes, e as mostra convocando o visitante à reflexão, dura reflexão.
A capital alemã ainda brindou-me com outra reflexão, uma nova consciência acerca das cidades modernas, e descobri que não são prédios arrojados ou projeto urbanístico inovador, o que determina o aspecto moderno de uma cidade, é preciso mais. Digo isso porque na minha identidade de habitante de Brasília, desde sempre acreditei residir numa capital moderna, com conceitos contemporâneos, e não é bem assim, vivo numa cidade nova, recém inaugurada, com cara de novidade, só.
Não basta nascer moderna, tem que amadurecer moderna, não importando quantos séculos de fundada, mas capaz de sobreviver a adversidades, reinventar-se para atender às exigências atuais de seus habitantes, e às necessidades futuras, quando esse tempo chegar.
OBRIGADO BERLIM
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