domingo, 30 de maio de 2010

PORTO SAIDEIRA



Começamos o dia conhecendo a Casa da Música, edificação moderna não só em arquitetura como na proposta de difundir o estudo e apreciação musical, desde o estilo mais clássico e acústico à música eletrônica. Salas especiais e lúdicas para seduzir as crianças, ambientes amplos e abertos para o conforto dos adultos.
Depois atravessamos o douro para ver a Ribeira de outro ângulo, e óbvio visitar uma cave de Vinho do Porto, com desgustação, pois pois!


Para não perder o costume, por que não um "drinque na esplanada" (ao ar livre), principalmente quando a paisagem é a Ribeira e todo skyline do Porto para puro deleite, ainda mais em cima de uma espreguiçadeira como esta...

O espaço em que brindamos e acabamos ficando para almoçar (às 18hs!), foi o Ar de Rio, onde além de conhecermos o queijo da Serra da Estrela, disfrutamos de um pescado com legumes e azeite, que por ser bem servido acabou valendo como jantar também.
A noite do porto é movimentada, as pessoas vão pra rua, e alguns bares colocam uma mesa alta na calçada, como a rua Galeria de Paris, num clima de Lapa carioca. A concentração começa no cruzamento da Rua Passos Manuel com a Rua da Almada, e chega até a Rua das Carmelitas. Inúmeros bares, alguns com pista de dança, mesas do lado de fora.
O melhor de tudo, poucos cobravam para entrar, raramente havia consumação mínima, e quando houve valeu ter pago. Graças ao meu novo hábito de "irme de marcha", aproveitei cada portinha que pude! Outra coisa que dá gosto: tudo feito a pé, inclusive a ida e a volta ao hotel.
Depois de uma noite de sono curta, deixei o Porto, muito satisfeito com tudo, e de metrô!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O DIA EM QUE COMI UMA FRANCESINHA EM PLENO PORTO

Dia ensolarado e céu limpo convidade para escalar os duzentos e tantos degraus da Torre dos Clérigos e ter uma visão 360 graus da cidade.
Em continuidade, uma pausa pra conhecer a famosa Livraria Lelo e Irmão, cujo interior tem decoração cheia de detalhes, uma escada vermelha, o forro do teto com um entalhe em madeira, vitrais, etc
Tanta informação e degraus, tornaram necessário um pitstop para repor as energias, momento propício para experimentar um dos pratos típicos da terra, a Francesinha. Um sanduíche de três andares, recheado com bife de carne, presunto e linguiça picada, envolto no mais amarelo dos queijos, circundado pelo mais picante dos molhos de tomate.

Refeitos, seguimos ao Palácio da Bolsa , onde funciona a Câmara de Comércio do Porto, com salas
originais da época da construção, incluindo uma sala temárica arábe. Enquanto espéravamos a visita guiada, aproveitei para visitar a sala da ViniPortugal que funciona no mesmo prédio, promove vinhos de produção portuguesa, e oferece aos visitantes uma degustação gratuita de três vinhos portugueses aleatórios, você bebe, conhece, e ainda pode tirar onde de avaliador (não precisa prática nem tão pouco habilidade, basta preencher um formulário expressando sua impressão de leigo ou de expert, no meu caso a primeira opção).

A visita seguinte foi à Igreja da Ordem de São Francisco - nem a Igreja, nem a Bolsa permitem fotos do interior.
Sobe ladeira, desce ladeira, nos deparamos com a estação ferroviária de São Bento, com sua azulejaria, pé direito alto e movimento intenso.
A tarde foi fechada com um lanchinho no Café Majestic, uma espécie de Confeitaria Colombo daqui.
E o que se faz depois de um dia desses? Janta! Impossível deixar de citar a amabilidade de toda a equipe do Escondidinho, ambiente de taverna, o prato linguado ao molho de alcaparras e porto, e de sobremesa, o Pudim do Abade, criação de um religioso, ingredientes presunto, ovos, apesar disso o resultado é magnífico, não é enjoativo, nem muito doce, comemos e suspiramos.








quinta-feira, 27 de maio de 2010

De Jamie Cullum ao Porto





O concerto de Jammie Cullum aconteceu na sala La Riviera, apesar da casa cheia o clima foi intimista, além do repertório do ultimo álbum ("Dont Stop the Music" e "Wheels" etc.), fomos brindados com fantásticas versões para "What a Difference a Day Makes ", "Cry Me a River" e "Gravity" de John Mayer. Não precisa dizer que saí em estado de graça, afinal um dia em que me esbaldei de caminhar na cidade, mas com fôlego para a tradicional corrida no Parque del Retiro, não poderia terminar melhor. Pra arrematar, só mesmo uma sangria, que tomei no Viva Madrid!, bar de tapas tradicional azulejado dentro e fora. Isso tudo de Metrô!!!!!

O dia seguinte ao concerto começou em ritmo de mudança, acorda, pega Metrô pro aeroporto, e chegada em Porto - Portugal, para encontrar com Valéria e Solange. Nos encontramos e foi só alegria. No Museu Serralves, entre exposições, o maravilhoso jardim e muito bem acompanhado, comecei minha visita à terra dos tripeiros. O Porto já me agradou de cara, aeroporto classudo, com metrô direto até à rua do Hotel, e sem escalas pois, pois! Posso dizer que fui de metrô do Hotel de Madrid ao do Porto de metrô, tirando só aquele trecho percorrido de avião!


Depois de meia semana me orientando (e desorientando) pelas ruas de Madrid, fiquei a reboque das meninas, que a esta altura já dominavam o Porto, e foi fantástico quando o Douro e a Ribeira se descortinaram no trajeto do táxi que nos levou ao almoço.
Como a Solange retornava a Brasília no mesmo dia, o almoço foi o ponto alto do nosso encontro, e espero que quando ela leia esta postagem, saiba que fez falta já no passeio pela Rua Santa Catarina, Terreiro da Sé, e no jantar também.

O jantar merece um crédito especial, pois por recomendação do meu Osteopada, Dr. Carlos Valente, experimentamos uma seqüência de desgustação fantástica no Bull&Bear, conceituada cozinha contemporânea do chef Miguel Castro Garcia. Só sei dizer que saímos mais que satisfeitos não só com o sabor, mas com o excelente atendimento. Valeu Dr. Carlos!!!





quarta-feira, 26 de maio de 2010

Caminhando....

Por ocasião do aniversário de Brasília, cheguei a ouvir o máximo de poesia em se tratando de exercício de conformação, algo do tipo "Brasília não tem mar, mas o céu de Brasília é o nosso mar". Pois é, hoje assim que meti a cara fora do hotel, me deparei com um azul que nem a máquina conseguiu registrar direito, mas resolvi clicar mesmo assim, para compartilhar com os amigos da "litorânea Brasília" , meu inicio de dia na oceânica Madrid.
Inspirado pelo dia lindo, resolvi não me infurnar em museu, preferindo seguir umas rotas sugeridas por um guia (que detalharei quando escrever as informações práticas), batendo perna no meio da rua, coisa que não dá pra fazer na praia da cidade onde moro....
O passeio inicia na Gran Vía, avenida emblemática da cidade, que completa cem anos...
... passando pela Plaza de España, onde é invevitável fazer reverência a Don Quijote e Sancho, o roteiro segue por uma área residencial, passa pela área sofisticada de Malasaña, chega à Calle Fuencarral. Vale aqui um comentário: o guia estimava um prazo de 2h30 a 3hs para percorrer o roteiro, cheguei à conclusão que estava superestimado, até que cheguei à Fuencarral (cheia de "lujinha" de L'Occitain a Replay e Diesel, ou seja aqui a galera vai devagar mesmo... Venci a tentação e fiz um passeio Socrático pelas lojas.
Dessa vez, o cabeçalho do blog ficou parecendo uma colcha de retalhos, mas além de conhecer os lugares, dessa vez, bati o recorde de concertos ao vivo que assistirei. Nesta quarta será o primeiro: Jammie Cullum, aqui em Madrid.



terça-feira, 25 de maio de 2010

La panza es primero...

LA PANZA ES PRIMERO foi um restaurante mexicano, me cativou pelo nome, afinal para não castigar tanto o fígado depois, la panza es primero....

POR DENTRO DO CHIC & BASIC

Desde Barcelona, já conhecia a filosofia da rede Chic & Basic, onde os estabelecimentos honram o nome que ostentam do site da internet - www.chicandbasic.com

Oferecem o básico: uma boa cama, bom chuveiro, tudo bem limpinho. Um conceito da rede é o espaço "help your self", numa área de copa equipada com máquina de café, geladeira repleta de sucos, frios, iogurte, pães e afins, o hóspede pode preparar seu café da manhã ou um lanche rápido, que pode ser desfrutado não necessariamente nos horário padrão dos hotéis.

Há quartos individuais, duplos, sempre bem equipados, com acesso wifi em todas as dependências, ou para grupos maiores, a possibilidade de apartamentos para até quatro pessoas.

Em Madri tive a oportunidade de hospedar-me em duas unidades da rede, ambas muito próximas do metrô e a poucos passos das Plazas de Santana e Mayor.

O hostal Chic and Basic Colors, com o perfil mais simples (status do que chamaríamos de pousada), compacto, ocupa o segundo andar de um prédio, e cada quarto é identificado por cores.
Fiquei num dos quartos menores, mas o aproveitamento do espaço é bem racional, e com muita claridade!
dois ângulos do quarto blue

área "help your self" do Colors

O outro hotel é o Chic & Basic Mayerling, ocupa um prédio inteiro com 5 andares de apartamentos, todos com bastante luz natural. Além de uma área "help your self" um pouco mais ampla, conta com um terraço no quarto andar.

Um detalhe que adiciona "chic" ao "basic" é que nos chuveiros, a iluminação é de led e muda de cor - diz aí, você precisa disso? mas que não deixa de ser uma grata surpresa...

Nos dois, o staff, sempre atencioso, gentil e sorridente, disposto a dar todo o suporte, promove uma sensação de estar em casa. Destaque para Jorge no Colors, Renato e Elusca do Mayerling.



panorâmica do saguão do Mayerling, com área help yourself ao fundo
acima o conceito da rede, e abaixo o detalhe da escada com a projeção de cinema mudo na parede do saguão

o bom humor em pequenos detalhes, como acima, ou como no formulário do "chic in"






Toledo

Já ambientado ao horário, consegui organizar uma das escapadas previstas, à cidade de Toledo, patrimônio histórico, realmente uma viagem no tempo.

A primeira surpresa foi na estação de trens, Puerta de Atocha, que tem em seu interior, uma floresta! Na verdade um jardim tropical. Outro detalhe interessante é que de táxi, a estação é bem servida.

A viagem de 30 minutos é tranquila em carros confortáveis. O ponto principal da visita é a Catedral, repleta de obras de Goya e El Greco, e um mega altar em bronze. O grande órgão da igreja estava sendo afinado durante o tempo que passei visitando, como não se podia registrar em fotos, registrei em som, mas você, amigo que acompanha as postagens, não merece que eu coloque a amostra aqui.
Outro prédio imponente é o Palácio de Alcazar que hoje abriga uma biblioteca e o museu do exércit
E qual não foi minha surpresa, quando na mesa do almoço em Toledo, descobri que eles chaman a Moça de Lechera...
A estação de Atocha fica perto do Parque del Retiro, imenso pulmão no meio da cidade, no regresso, desembarquei às 18 horas, e vi muita gente chegando para correr, e como o sol vai até as 22h, fui ao hotel, peguei meu mp3 (para ouvir a rádio 4oPrincipales), e fui queimar unas tapas!

Acordando em Madrid...



Sabe menino que não mora no litoral, e quando vê praia se larga na água como se o mar fosse evaporar, e acaba se afogando? Pois é, foi assim que me senti na noite de domingo. Na campanha para não dormir fora do ritmo daqui, acabei sendo atropelado.
Depois de jantar, resolvi sentar num dos tantos balcões convidativos da região onde estou, é impressionante a movimentação de bar em bar, em plena noite de domingo!
Aqui o termo para "sair na night" é "irse de marcha", ou seja, caminhar entre um trago e outro, mudando sempre de bar.
E assim , una copa aqui, otro trago adelante, dormi tarde, e acordei às 9h da manhã.... do Brasil, ou seja duas da tarde.
Para não perder o dia, meu café da manhã foi transformado na dobradinha SangriaYtapas, e então fui tranquilamente caminhando ao Museu Reina Sofia, já para conhecer um dos pontos recomendados em todos os guias.
A coleção permanente do museu tem obras de Miró, Dalí e Picasso (Guernica!) entre outros. Na porta fiquei sabendo que entre 19 e 21h, as entradas são gratuitas, então converti a entrada, cerca de 13 euros, em uma agradável espera num bar da praça em frente.

Segunda feira não é um dia muito de "marcha", mas mesmo assim, a simples atividade noturna de jantar seguido de um drink ou outro, me permitiu regressar ao hotel apenas às 2 horas (de Madri).
Importante: em espanhol costuma-se falar "movida" para designar balada, e "madrileño" relativo à cidade de Madrid, mas "movida madrileña" não é exatamente a balada de Madri, e sim, como canta Caetano em Vaca Profana, foi um movimento artístico/cultural, no período de transição pós Franco.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cheguei, ou melhor , saí...

Depois de dois vôos tranquilos, cheguei a Madri. Mais tranquilo que os vôos, foi a chegada de metrô ao hotel.
O Chic and Basic, é um hotel de uma rede bem simpática, que honra o nome, os hotéis são básicos, prinicpalmente no preço, mas não são pé duro. No detalhe das portas, onde os quartos são identificados por cores, em vez de números, o meu é o "blue", a segunda porta na foto.
O hotel fica vizinho à Plaza de Santana, o que tornou imperativo tomar a chuveirada ressucitadora e partir pra sangria inaugural! O que foi feito e arrematado por uma boa caminhada no meio da tarde ensolarada em que o sol se despediu depois das 21h3o.
Nesse minha andança displicente, só curtindo o fluxo das pessoas indo e vindo, alcancei a Plaza Mayor, com seus arcos, artistas de rua e, lógico, turistas.
Era importante segurar o sono, pra dormir mais de acordo com o fuso daqui, 5 horas a mais em relação a Brasília. Nessa caminhada inicial, achei um mercado em que oportunamente, vou dar uma "tapeada".