terça-feira, 14 de junho de 2011

ALFAMA DE SANTO ANTONIO!!! (domingo 12'JUN)

Considerando o já conhecer os principais pontos turísticos de Lisboa, reservei para o Domingo uma cara de domingo, afinal cheguei de quase com o dia claro. Pedi para ser despertado para o café da manhã, e voltar para relaxar até a hora do almoço, entenda-se café às
10h, almoço às 15h...









O café da manhã era até sofisticado, mas nada se comparava às vistas que eu saboreava junto com os pasteizinhos de nata: de um lado a Av. Liberdade com o parque Eduardo VII, do outro a Estação do Rossio com elevador Elevador de Santa Justa e o Tejo.


Foi literalmente um tour panorâmico,o que reforçou minha decisão de cochilar um pouco mais.


A missão do dia seria apreciar a festa de Santo Antonio, comemorada na véspera de seu dia, principalmente na Alfama bairro que abriga a igreja do santo, e onde ele nasceu.

Não antes sem forrar o estomago, e não pensando muito, fui direto ao Nicola para tomar meu primeiro imperial na esplanada destas férias - um choppinho ao ar livre traduzindo para o nosso português. E pela terceira vez encarei o espaguete gratinado com camarões da casa.


Nutrido e motivado pela tarde ensolarada, tive coragem de subir à Alfama a pé (a área já estava interditada para o eléctrico 28). Já na sé uma fila de antigos conversíveis para levar a passear os casais, recém casados em lote.

O clima de festa era inegável e por todo lugar chegava gente, barraquinhas vendendo bifanas (bifão mesmo, dentro do pão), e sardinhas assadas dentro do pão ou com batata, cerveja, sangria, ginjinha... algumas barraquinhas até tinham serviço de mesa, e com fila de espera.




Por toda parte, tabuleiros vendendo vazinhos de Manjerico, plantinha aromática da família do manjeiricão. Cada jarrinho tem uma quadra popular ou jocosa para ser presenteado à namorada. Há a crença de que passar a mão na plantinha e depois cheirar, traz boas venturas.

Seguindo o fluxo para ir experimentando um pouco de cada canto da Alfama, acabei chegando ao Castelo de São Jorge, já visitado anteriormente, e desta vez também, pelo azul das fotos, verão que valeu repetir o programa. (link do álbum laaá em baixo)













Saindo do Castelo, busquei três pontos da Alfama indicados numa espécie de Vejinha Lisboa que li no vôo. As Escadinhas de São Miguel, o Largo do Salvador e a rua de São Pedro - um chopp em cada, a transição de ruela em ruela, escadinha em escadinha, cada vez mais animada.

Todo mundo na rua, festejando de forma comedida, bebendo, comendo e se encontrando... várias vezes ouvi gente ao telefone berrando coisas do tipo "estou cá na Sé, e tu? - ha então vou praí... então vem pracá".

Já passava das 21h, quando a tarde resolveu virar noite, e trilhando as sugestões da revista, acabei novamente no Largo da Sé, onde antes havia carros pros nubentes, agora tinha um mar de gente fantasiada para representar o bairro, no desfile das Marchas de Lisboa, que acontece na Av. Liberdade. Os bairros organizam coreografias parecidas com as nossas quadrilhas caipiras, mas com alguma sofisticação das comissões de frente de escola de samba.

Aproveitei ter completado o circuito e fui pro hotel trocar de roupa, já que esfriava durante a noite. Mas não sem antes "tomar benção" no quiosque da Ginjinha original. Banho tomado, acompanhei uma das "marchas" do terraço do hotel, ventava muito.

Tava na hora de reabastecer o estomago, nada melhor que ir ao Bairro Alto, procurar uma das tantas opções de mesa na rua (alguns oferecem manta, para o freguês não perder a atmosfera da "esplanada"). Escolhi o Esperança - taberna moderninha e low profile, vi todo mundo pedir pizza, depois fiquei sabendo que local tem fama da "melhor pizza de Lisboa", e a danada era bonita, crocante e cheirosa, apesar de eu ter optado por um risoto de mariscos.

Energia reposta, iniciei mais um circuito de copos, se o nome do Bairro é Alto, eu é que não vou contrariar! Mais movimentado que no dia anterior, quem estava alí, ou vinha ou iria até Alfama, Mouraria, e arraiais afins. E eu estava disposto a ir ver como estava Alfama after dark.

Criei coragem para encarar a descida do Bairro Alto e depois a subida da Alfama, e fui embalado por uma descontraída orquestra de sopro que era seguida "pelas gentes"... quando cheguei ao Rossio, não sei o que chamou mais atenção o tanto de gente indo, ou o tanto de gente vindo.


Passei expremido pela multidão na Sé, lá mesmo onde à tarde houve saída de cortejo de recém-casados em carro aberto, no início na noite, embarque da Marcha da Alfama para o desfile, agora estava tomada pela multidão, e se mais atrás eu falei "comemoram comedidamente", pode ler "intensamente", como a gente... ou será que a gente é que é como eles? (#enigmaTostines).
E a turma do sopro chegou à Sé:

Objetivo deles era chegar ao Mirante de Santa Luzia.

Voltei aos lugares que visitei de tarde, alguns vazios, outros lotados, e ainda outros bombando, sendo que estavam desertos mais cedo. Por fim cheguei a um arraial já próximo à Praça do Comércio, com um tecladista tocando músicas de duplo sentido ao vivo, e de ritmo bem dançante. Todo mundo de mão pra cima, e pelo empenho da galera ninguém tava disposto a parar.
Fui à forra, compartilho que dois anos antes, estava em Lisboa no 12/6, e não saí para estar descansado no vôo de regresso do dia seguinte - do táxi vi aquele clima de carnaval recém acabado, e o taxista ainda veio dizer que a festa é um dos maiores acontecimentos da cidade.

SEGUNDOMINGUEIRA
E era só o segundo dia de férias, mas experimentei tanta coisa que parece uma semana! Só o domingo, pareceu ter 63 horas! Não vou nem comentar da segunda, esta mesmo é que teve cara de domingo. Dormi mais, almocei mais tarde e apesar de feriado, a FNAC abriu suas portas para eu adquirir uns CDzinhos cantados com sotaque luso, pois não!


FOTOS EXTRAS:

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