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O restaurante acabou por merecer uma postagem exclusiva, devido à genialidade e a criatividade do dono, o que tentarei dimensionar no desenvolver do texto.
No início de los 80, Andrés Jaramillo, artista plástico, abriu um restaurante de apenas quatro mesas, contando com ajuda da família, mesmo considerando um negócio de investimento baixo na localidade de Chía, a 40 minutos de carro do centro de Bogotá.
Passados quase 30 anos, o estabelecimento expandiu-se, e ocupa 2000 metros quadrados, ocupa mais de um quarteirão, e oferece 360 mesas. A ambientação parece uma grande coleção de quinquilharias, (de Cow Parade a sereia no teto) a ponto de fazer o "excêntrico" Universal Dinner de Brasília ficar parecendo simplinho, clean e minimalista.
As mesas são identificadas por nomes (Paraíso, Dona Flor, Paixão, Diablo....) escritos em uma luminária em forma de coração pendente sobre cada uma. O coração é um dos símbolos da marca, representado das mais diversas linguagens visuais.
O visitamos em plena quinta-feira santa, e não bastasse o atendimento sempre sorridente, a trilha sonora impecável (destaque para "Deusa do Amor", na versão de Moreno Veloso para o original do Olodum), de repente uma "intervenção teatral" em forma de procissão distribui pão e vinho entre as mesas, com fundo musical de canto gregoriano para entrar no clima da semana santa.
Isso quando uma banda itinerante não passa tocando "parabéns a você", proporcionando um carnaval dellivery em uma ou outra mesa, distribuindo faixas de "invitado ilustre" com as cores da Colômbia para alguns clientes.
Vivenciando isso, passa-se a compreender o conceito de Locombia, trocadilho com as letras de Colombia, para nominar a execução dos devaneios de Don Jaramillo.
Para conhecer bem o restaurante, precisa-se caminhar bastante, e atravessar uma rua. Isso mesmo, o negócio se expandiu tanto, que há um setor do outro lado da rua, que abriga anfiteatro, play-ground e mais mesas.
Chamava atenção os drinques virem em jarras, mega-cabaças (para doses individuais), apesar de termos optado por cervejas. E tome Coronas e Club Colombia.
O cardápio tinha mais de 50 páginas, e vinha em formato de revista bem elaborada, difícil foi escolher no meio de tantas opções. A comida deliciosa, no ponto, sem frescura.
ANDRES D.C.
A menos de dois anos, a Zona Rosa, foi brindada com uma filial do Andres, ocupando seis andares da fachada de um shopping center, dividido pelos setores: Inferno, Terra, Purgatório e Céu. Música dançante, banda itinerante, performers posicionados nas escadas para descontraídamente convencer você a subir os degraus dançando.
A única diferença entre os dois restaurantes é a disposição espacial, o de Chía é gigante de um único andar, e o D.C. é disposto em vários níveis. A ambientação, a atmosfera alto astral, os drinques, a boa comida são oferecidos nos dois de forma igualmente festiva. Um detalhe, a comida é boa, mas sem frescura Gourmet, o que muito me agrada.
Detalhes que marcaram:
- ao me dirigir à Caja de Musica (nome que deram a mesa de som) pela segunda vez para perguntar o nome de uma música, recebi um cartãozinho especial onde estava escrito "aquí tienes la ficha de tu gusto musical" com todas anotadas;
- os universitários que atendem às mesas, possuem uma faixa com os nomes nas costas, para que sejam chamados mesmo quando não estejam de frente pra gente;
- na hora de comer, nos oferecem um babador, com a imagem de La Inmaculada, para que não se macule a roupa;
CONCLUSÃO:
Os drinques são ótimos (destaque para o Fantasy Cafe e o Mojito), a comida é saborosa, mas o negócio do Andres Carnes de Res, não está em A&B (alimentos e bebidas), nem entretenimento ou balada - o que se oferece alí é atmosfera única, muito bem idealizada e eximiamente executada!
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