domingo, 9 de janeiro de 2011

Martinica, balanço geral e detalhes práticos

Depois de 8 dias de viagem, ressuscitando as aulas de francês que abandonei a quase 20 anos no CIL(e olha que ajudou muito!), com mais de 800km rodados, além de alguns quilometros navegados... é hora de voltar!
Madrugar para chegar no aeroporto, devolver o carro na locadora, fazer check in e tomar o rumo de volta, certo? Sim, mas não na ordem acima, foi mais ou menos assim: chegar na locadora - fechada, esperar o check in abrir, demorou - então um ficou na fila, para o outro correr na locadora e devolver o carro, daí voltar correndo para o check in, e embarcar (depois de resolver um pequeno relativo à emissão do cartão de embarque).

ufaaaa....

Sei que não devemos comparar destinos, que cada experiência é única, mas algumas vezes não controlamos, principalmente quando um fator comum em dois lugares distintos, gera impressões mais distintas em quem os visita.

Em novembro passado voltei maravilhado com a simpatia e receptividade de Nova Orleans, que difere bem do padrão norte-americano, aquela atenção e profissionalismo exímio, mas quase robótico do Tio Sam, aparecem agregados de sorriso e olhar nos olhos - para brasileiro, isso é como astear uma bandeira verde e amarela. Outra coisa que invade a mente dos visitantes é a presença francesa nos primórdios da história daquela cidade, chega a sugerir uma atmosfera européia .

Já a Martinica, que não só teve colonização francesa, como faz parte da comunidade européia por se tratar de departamento ultramarino insular francês, me mostrou que "bom dia", "boa tarde", "boa noite", "por favor" e "obrigado", as palavras mágicas que mamãe sempre insistiu para se usar, não bastam. Os martinicanos são bem educados, não chegam sem saudar os demais, não saem sem se despedir, além de muito "si vous plaît", "merci bien" e afins - mas isso não encanta, se não sair de lábios sorridentes, se os olhos não fizerem coro, parece que são pronunciados com sacrifício, fica sem sentido.

Visitar a Martinica foi ótimo, belas praias, algumas com água cristalina, hábitos diferentes, forçar o raciocínio em outro idioma, retornar bem relaxado, e ainda trouxe outro olhar sobre Nova Orleans. O que vou dizer é totalmente empírico, mas voltei com a impressão de que aquela sensação agradável de estar na capital do Jazz e do Blues, nada tem haver com influências francesas, ainda mais se considerarmos que a catástrofe Katrina é bem recente.... "simpatia é quase amor", mas cordialidade seca é receita de antipatia.
Uma das exceções é a senhora da foto abaixo, que nos atendeu no mercado coberto de Fort de France, sorrindo com poucos dentes, mas super esforçada num inglês, pior que meu francês, mudou o meu humor que tava no status "faminto agressivo" para "refastelado sorridente".


DETALHES PRÁTICOS

Visualizar Martinica em um mapa maior


COMO CHEGAR
Air Caraïbes (http://www.aircaraibes.com/)- empresa franco-antilhana voa de Belém a Fort de France, com uma escala em Cayena - Guiana Francesa. Até Belém, vôo doméstico, preferencialmente usando milhas.

ALOJAMENTO
A ilha é bem grande, portanto escolher a área de hospedagem faz diferença.
Depois da primeira visita, recomendo a vizinhança de Trois Ilets, mais especificamente em Pointe du Bout.
Ficamos hospedados no Mercure Le Diamant, Pointe de La Chery (http://www.mercure.com/gb/hotel-1094-residence-mercure-diamant-martinique/index.shtml)


CIRCULANDO
Aluguel de carro é imperativo, aluguei do Brasil, por se tratar de época do reveillon, mas em outras épocas, aconselho a pesquisar no saguão do aeroporto.

PRAIAS/PASSEIOS
- Les Salines;
- Pointe du Bout, próximo ao Hotel Bakoua;
- Anse St. Michel;
- visita a St. Lucie, ilha vizinha, em catamarã - aconselho para os que não enjoam, mas são quase 3 horas de navegação para ir e outras 3, para voltar - embarcamos, pois já tinhamos rodado bastante na ilha.(t: 0596740067 ou 0596660339)

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